domingo, 5 de janeiro de 2014

Lula montou seu Estado Policial com base na experiência dos tempos em que foi alcaguete da ditadura militar e do Dops


Capítulo 5 do livro “Assassinato de Reputação”. Tuma Júnior trabalhou três anos sob as ordens de Tarso.  O que ele conta na página 71:

- É totalmente inaceitável chamar de polícia republicana uma instituição de repressão estatal que procede a suas investigações na contramão técnica elementar da ciência investigativa, qual seja, a que parte de um crime para chegar ao criminoso. Até as crianças sabem que o gato corre atrás do rato. Polícia que nomina, posiciona e escolhe “alvos” é instrumento de governo.

. Foi o que fizeram as Operações Rodin, Mercari, Solidária e todas as outras que o delegado Ildo Gasparetto moveu sob ordem de Tarso Genro durante o governo Yeda Crusius.

. O que narra Tuma Júnior não se baseia em deduções ou percepções. Eis o que ele explica:

- Eu sou protagonista desta história. Eu vi. Não me contaram. Eu participei.

. Onde é que Lula aprendeu a usar a Polícia Política de modo tão acintoso e eficiente ?

Lula foi alcaguete da ditadura, ganso do pai de Tuminha, o temido delegado Geral do Dops em São Paulo, Romeu Tuma. É o que conta o autor do livro:

-Lula aprendeu com meu pai, Romeu Tuma, o que era o poder de informação, o de polícia, e o do policial. E, por tabela, conheceu os mecanismos de controle desses poderes. A Polícia Federal não é uma polícia de Estado, mas um instrumento pessoal de pressão e intimidação, uma polícia de partido, uma versão tupiniquim da Stasi alemão ou da Tcheca.

. O editor já tinha demonstrado aqui que as operações da PF aumentaram quinze vezes durante o governo Lula. O número de funcionários da PF saltou de 9.2131 para 14.575

. Foram 48 operações realizadas durante o governo FHC, mas 1.244 durante o governo Lula. 80% delas nasceram de grampos. Conclui Tuminha:


Lula aprendeu tudo isso com meu pai, e viveu (ele, Lula) infiltradonos aparelhos policiais e de repressão e nos movimentos sindicais como um agente duplo, um dos melhores informantes do Dops. Ele aplicou tal aprendizado, depois, na Polícia Federal. 

Tuma Júnior revela as entranhas do aparato policial do Estado sob o governo do PT

Ao instrumentalizar a Polícia Federal, o governo Lula e seus ministros da Justiça - Márcio Thomaz Bastos, Tarso Genro e Barreto - agregaram nela o "poder de informação, área de inteligência deslocada da Abin, após a constatação de que ela não conseguiria resultados, simplesmente por falta do poder de polícia.
. Sob Lula, a Polícia Federal passou a fazer os informes sob o título de "relatório de inteligência" ou de "relatórios circunstanciados de inteligência", que são depois juntados a inquéritos e a processos, portanto peças de polícia judiciária, um substrato material para indiciamento, acusações e condenações.

. Tudo isto é o que conta o delegado Romeu Tuma Júnior no seu livro "Assassinato de Reputações", página 73.

. Nem a ditadura tinha pensado em algo semelhante.

. A Polícia Federal foi aparelhada para propósitos partidários. Primeiro era estipulado o alvo e depois eram usados grampos e dossiês. Leia o que explica Tuminha na página 74:
- Aí, antes de qualquer coisa, você vaza tudo na imprensa e condena o acusado no Supremo Tribunal do Google.  A PF é o braço armado e indispensável do projeto de poder. Ela opera com fachada de legalidade.

No livro, Tuma Júnior denuncia que a PF altera números de inquéritos para disfarçar prescrições, mandados de busca são usados para fazer provas e não para buscar provas, transcrições de grampos são feitas sem método científico cronológico dedutivo, não ocorrem diligências durante as interceptações, descontextualizam-se diálogos de grampos, criando enredos e mandando gente para a prisão por achismo e dedução. 

. Pior: números de linhas telefônicas são listados para o juiz sem que a polícia prove que efetivamente ela é de uso ou titularidade do investigado. Não basta dizer que é. É preciso provar. Isto não é feito e os juizes admitem o deslize. 

. Superintendentes da PF nos Estados foram estimulados a assumir secretarias estaduais de Segurança Pública. Os governadores sabiam ou deviam saber que eles deviam mais lealdade à PF do que ao governo estadual.

. No RS, a governadora Yeda Crusius caiu na armadilha. Quando reclamou por não ter sido informada sobre a Operação Rodin, o seu secretário da Segurança, ex-superintendente da PF, avisou com franqueza:
- Devo lealdade à senhora, mas devo mais lealdade à Polícia Federal.

- Quando se trata de grampo, o alvo é o aparelho e não o interlocutor, escolhendo muitas vezes "alvos laranjas" para pegar pessoas com resguardo de foro. Quando se trata de adversparuii e este for inocente, o inquérito fica aberto, tramitando ad eternum para se dizer: "Ele está sendo investigado". 

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