domingo, 31 de março de 2013

MP do Rio é acusado de avisar deputado Eduardo Cunha sobre inquérito que apurava sua ligação com quadrilha de sonegadores!

 

Por Leslie Leitão e Thiago Prado, na VEJA.com:
Está para chegar às mãos do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, um documento de 35 páginas que traz à luz uma história estarrecedora. Trata-se de um relatório secreto da Polícia Civil do Rio de Janeiro escrito dias depois da súbita interrupção das investigações que apuravam o tráfico de influência do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do filho do ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), em prol de um esquema milionário de sonegação fiscal. Ele era operado, segundo a polícia, pelo empresário Ricardo Magro, dono da refinaria de Manguinhos, na Zona Norte carioca. O relatório, ao qual VEJA teve acesso, mostra que, por oito meses, a polícia seguiu, filmou e grampeou essas e outras dez pessoas na órbita de Magro. Os investigadores flagraram conversas comprometedoras e até encontros em viagens e shows, que não deixam dúvida sobre o estreito elo entre os dois políticos e o empresário. O material subsidiou um inquérito contra o grupo que está agora sob análise do Supremo Tribunal Federal. Tal investigação seguiu de vento em popa até 2009, quando de repente paralisou. Não havia mais como avançar. De uma hora para outra, os suspeitos não se falaram mais ao telefone. A polícia já sabe o motivo: o grupo foi alertado sobre o grampo pelo então procurador-geral do Ministério Público (MP) do Rio, Cláudio Lopes.

sábado, 23 de março de 2013

Ibope vê aprovação a Dilma aproximar-se rapidamente dos 110%. É caso único no mundo. Só Hitler obteve apoio maior.

Título original "Oposição e mídia batem, mas Dilma chega aos 79%.

É recorde; popularidade da presidente e de seu governo são inéditos, apura pesquisa CNI/Ibope; 79% aprovam sua maneira de governar; 63% consideram o governo ótimo ou bom; 38% reconhecem que as notícias publicadas na mídia são negativas para a gestão; mas 75% dizem confiar em Dilma Rousseff; oposição vai acentuar ataques ou fazer retirada estratégica para reavaliar situação?; quem segura essa mulher?

247 - Fustigada pelas críticas sobre o baixo crescimento do PIB, o estilo pessoal de governar e sua política de alianças, para o grande público a visão sobre a presidente Dilma Rousseff é outra: está fazendo uma gestão cada vez melhor. É o que se depreende dos números da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta terça-feira 19 pela Confederação Nacional da Indústria. Nada menos que 63% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom, maior índice desde o início da gestão. E não se pode dizer que o público não esteja ciente das críticas disparadas por meio da mídia. O noticiário recente sobre o governo Dilma foi considerado favorável por apenas 38% dos entrevistas, ou seja, está claro para o público que as notícias são, em maior número, negativas para a gestão.

Mesmo assim...

Dilma apresenta, nesta primeira pesquisa em seu terceiro ano de mandato, uma aprovação superior as obtidas, na mesma altura da gestão, pelos então presidentes Lula e Fernando Henrique. O primeiro marcou 39% e FHC, 56%. Ambos foram reeleitos.

Apenas 7% dos ouvidos pelo Ibope a serviço da CNI consideraram o governo Dilma como péssimo. O voto em regular obteve 29%.

Também a aprovação pessoal da presidente subiu – dentro da margem de erro, mas subiu de 78% na última pesquisa para 79% agora. Os antecessores também perdem nesse quesito: Lula com 58% e FHC, 70%. Somente 17% afirmaram desaprovar a gestão de Dilma.]

As altas cortes no país do PT!

Na posse de Carlos Alberto Reis de Paula na presidência do TST, no dia 5, o polêmico desembargador do TRF Tourinho Neto encontrou-se com o colega de CNJ Jorge Hélio e lhe pediu para julgar uma liminar enviada ao conselho por sua filha, Lilian.
Ela, que também é juíza do TRF, queria alterar as regras para a transferência de magistrados – Lilian, resasalte-se, seria beneficiada pela liminar. No dia seguinte, Hélio, que entrou no CNJ na vaga cativa dos advogados, concedeu a Lilian a liminar.
Ao saber da decisão, Neto enviou um e-mail comemorativo para a filha. Ou melhor, achou que estava enviando para a filha. Mas, ao digitar as inicias ”Li” acabou selecionando não o e-mail de Lilian - mas da lista de juízes da Ajufe, com centenas de magistrados.
Quando o e-mail chegou aos juízes, alguns quiseram saber se houve favorecimento a Lilian por ela ser filha de Neto e por seu pai ter pedido, pessoalmente, para Hélio julgar o caso. Por isso, um representante da Ajufe foi até o gabinete de Hélio no CNJ.
O conselheiro garantiu que julgou o processo de acordo com os argumentos apresentado no pedido de liminar, que não foi influenciado por Tourinho Neto e, imediatamente, seguiu para o gabinete do colega para tomar uma satisfação sobre o e-mail.
Como ele não estava lá, Hélio ligou para Neto e ouviu o seguinte:
- Me desculpe, fiz uma m… e te coloquei no meio da m…
Entendendo que a decisão de Hélio iria beneficiar somente três juízes – entre eles a filha de Neto – e prejudicar outros oitenta, a própria Ajufe pediu para entrar como parte no processo.
A entidade enviou um parecer para Hélio, que se convenceu com os argumentos e horas depois cassou sua própria liminar.

Apagaram o Luz para Todos



As trapalhadas do governo federal no setor elétrico parecem não ter fim. Já virou praxe: pelo menos uma vez por mês os cardeais da área energética se reúnem para anunciar como pretendem consertar os danos surgidos das decisões anteriores. A última foi na semana passada.
Ao perceber que o uso permanente das usinas térmicas despejaria cinco bilhões de reais na conta de luz do consumidor, o governo abriu a caixa de costura e providenciou outro remendo. Sem ele, o desconto prometido na fatura vira fumaça, as distribuidoras ficam desestabilizadas e a inflação sobe.
De agora em diante, o custo das térmicas será rateado entre indústrias e agentes do mercado livre, além de geradoras, distribuidoras e consumidores. A parte dos consumidores será quitada pelo governo com recursos -- pasmem -- desviados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo administrado pela Eletrobrás para custear o programa Luz para Todos.
A bondade com a luz alheia vem justo no instante em que a Aneel admite que um milhão de residências continuam nas trevas e que a promessa de iluminar a vida de todas as famílias brasileiras até 2014 foi para boi dormir. Mais uma vez o governo dá com uma mão e retira com a outra.
Trocando em miúdos, o planejamento falha, os empreendimentos atrasam, a energia emergencial das térmicas vira permanente e o governo tenta ocultar as consequências das besteiras que fez à custa de quem ainda vive no escuro. Ou isso, ou inflação e conta mais cara para os que têm luz.
Desde o início do debate sobre a MP 579 insistimos que utilizar o setor elétrico para estimular a competitividade do parque produtivo sem oferecer contrapartidas tributárias era temerário. Eis o resultado: as empresas perderam valor de mercado, capacidade de investimento e agora estimulam demissões voluntárias.
Alertamos que a incompetência no planejamento e na gestão das obras, somados à baixa dos reservatórios, deixava o governo entre o risco de apagão e o aumento de tarifas pelo uso de térmicas, o que jogaria por terra a redução das contas de luz anunciada na TV -- aliás, redução saudada por todos nós, mas feita com evidente propósito eleitoral.
Agora o improviso se volta ao mercado livre, desfalca receitas do Luz para Todos, pega uma fatia dos dividendos de Itaipu e, se não for o bastante, por que não atacar de madrugada a geladeira do Tesouro Nacional?
Se estendermos a análise para o setor energético como um todo, a coisa fica pior: Petrobras no vermelho, enormes prejuízos com a importação de gasolina, retração e desnacionalização da indústria do Etanol, paralisia do setor minerário etc.
Mesmo desnorteados e perdidos, nada altera a falta de rumo. As trapalhadas vão se acumulando, os investidores ficam cada vez mais desconfiados e a atividade econômica segue a patinar. Mas não se enganem: em breve outro anúncio genial vem aí para tentar consertar o que acabaram de fazer.Jose Anibal.

Sobre o inspirador de Tarso, Gramschi, o filósofo do terror!


O filósofo italiano Antonio Gramsci ensinava que o teatro de operações da revolução comunista não era o campo de batalha, mas o ambiente cultural, a trincheira do pensamento.
Enquanto Lênin pregava o ataque direto ao Estado, Gramsci sustentava que o novo homem, anunciado por Marx, emergiria não do terror revolucionário, mas da transformação das mentes.
Para tanto, impunha-se a infiltração e o domínio pelo partido dos meios de comunicação --jornais, cinema, teatro, editoras etc.-- e a quebra gradual dos valores cristãos (que ele preferia chamar de burgueses), por meio do que chamava de guerra psicológica.
Segundo ele, é preciso uma reforma intelectual e moral, que leve à superação do senso comum, para a construção de outro consenso monitorado pelo partido.
A relativização desses valores resultaria, numa primeira etapa, numa sociedade mais fraca, destituída de parâmetros morais, mais propícia a absorver os valores do socialismo.
Desnecessário dizer que essa revolução está em pleno curso no Brasil --e não é de hoje.
Entre os consensos construídos, está o de que o produtor rural é um usurpador social, que deve ser permanentemente molestado.
Disso resultou o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), organização sem personalidade jurídica (insuscetível de ser processada por seus atos criminosos), mas com existência concreta, munida de verbas do Estado por meio de ONGs e transgressora recorrente do direito de propriedade, cláusula pétrea constitucional.
Dentro da estratégia gramsciana, as milícias do pensamento valem-se de escaramuças, que consistem em lançar ao debate teses que sabem serão rejeitadas num primeiro momento.
Importa, porém, romper a aura de tabu e acostumar a sociedade a gradualmente absorver o que sempre rejeitou.
Exemplo disso foi o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH), de 2009.
Trata-se de um conjunto de transgressões democráticas, propondo censura à imprensa, legalização das invasões de propriedades (tirando do Judiciário o poder de arbitragem e incluindo o invasor como instância de mediação), proibição do uso de símbolos religiosos em locais públicos, revisão do currículo das academias militares etc.
Agora, o PNDH-3 que a sociedade rejeitou volta como um fantasma na redação dada por alguns deputados ao artigo 159 do novo Código de Processo Civil.
Constam no texto, entre outras pérolas, que, "nos casos de litígio coletivo pela posse ou propriedade de imóvel urbano ou rural, antes do exame do requerimento de concessão da medida liminar, o juiz deverá designar audiência de justificação prévia de conciliação entre as partes e seus representantes legais".
Isso significa que, em vez da defesa natural da propriedade rural ou urbana, em caso de invasão, os invasores --com seus facões e foices, fazendo uso de cárcere privado de trabalhadores-- deveriam ser previamente ouvidos e defendidos. Os criminosos, preliminarmente, colocariam suas exigências. Imagine se a moda pega e a proposta é estendida a roubo e homicídio.
A aberração não para aí. Diz o parágrafo 2º que, "sempre que necessário à efetivação da tutela jurisdicional, o juiz deverá fazer-se presente na área do conflito".
Não basta, por exemplo, a polícia, que passaria, então, a ter um papel meramente secundário. O próprio juiz, nesses casos, deveria ser obrigado a deixar suas funções para comparecer pessoalmente para ouvir os invasores, os criminosos.
Mais adiante, no parágrafo 4º, outro absurdo: "O juiz requisitará aos órgãos da administração direta ou indireta da União, do Estado ou do Distrito Federal e do município informações fiscais, previdenciárias, ambientais, fundiárias e trabalhistas referentes ao imóvel".
Parece evidente, salvo para crédulos e radicais, que tal forma de mediação visa nada menos do que inviabilizar, tornar nulo o instituto da reintegração de posse. E, junto com a anulação, desapareceria o direito de propriedade, ferido de morte.
Gramsci, no inferno, deve estar elebrando.Katia Abreu.